OS ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
ü Função referencial ou denotativa (ênfase no contexto)
Quando o objetivo da mensagem é a transmissão de informação sobre a realidade ou sobre um elemento a ser designado, diz-se que a função predominante no texto é a referencial ou denotativa. O trecho a seguir, com um conteúdo essencialmente formativo, exemplifica essa função.
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A moda na era viking
“Minúsculas lâminas de ouro encontradas em sítios arqueológicos na Escandinávia permitem que se saiba mais sobre a vestimenta, os cortes de cabelo e as práticas religiosas dos vikings. As guldgbuggers, lâminas do mais recentes, foram achadas em áreas vikings junto a sítios cerimoniais. ‘Talvez fossem tíquetes para festivais religiosos’, diz Per O. Thomsen, do museu Svendborg o Omegns, que escavou guldgbuggers no sul da Dinamarca. Algumas trazem desenhos de animais, mas a maioria exibe figuras humanas.”
National Geographic Brasil. n. 2, jun. 2000. v. 1.
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ü Função emotiva ou expressiva (ênfase no remetente)
Quando o objetivo da mensagem é a expressão das emoções, atitudes, estados de espírito do emissor com relação ao que fala, temos como função predominante na linguagem, no texto, a emotiva. Veja o exemplo abaixo:
ü Função conotativa ou apelativa (ênfase no destinatário)
Quando o objetivo da mensagem é persuadir o destinatário, influenciando em seu comportamento, aparece como função predominante no texto a conotativa ou apelativa. A linguagem de propagandas é a expressão típica da função conotativa. As expressões linguísticas como vocativos e formas verbais no imperativo também exemplificam esta função.
ü Função fática (ênfase no contato)
Quando o objetivo da mensagem é simplesmente o de estabelecer ou manter a comunicação, o contato entre o emissor e o receptor, diz-se que a função predominante é a fática. São exemplos típicos da função fática da linguagem as fórmulas de abertura de diálogos que constituem frases feitas cuja finalidade é estabelecer a solidariedade comunicativa entre os participantes do diálogo.
ü Função metalinguística (ênfase no código)
Quando o objetivo da mensagem é falar sobre a própria linguagem, o que predomina no texto é a função metalinguística. Um exemplo evidente dela são as definições de verbetes encontradas nos dicionários:
Metalinguagem: linguagem (natural ou formalizada) que serve para descrever ou falar sobre uma outra linguagem, natural ou artificial [As línguas naturais podem ser us. como sua própria metalinguagem.]
Nesse desenho, o artista holandês Maurits Cornelis Escher apresenta uma reflexão sobre o próprio fazer artístico. A mão do artista que desenha uma outra mão é uma forma de metalinguagem.
ü Função poética (ênfase na mensagem)
Quando o objetivo da mensagem é explicar um trabalho de elaboração feito sobre a própria forma de linguagem, diz-se que a função predominante é a poética. Há um trabalho com os próprios signos que objetiva provocar algum efeito de sentido no receptor. Nos poemas, é muito frequente a manifestação da função poética da linguagem, mas ela pode também se manifestar nos jogos de linguagem, mas ela pode também se manifestar na propaganda, e mesmo em textos em prosa.
Nos poemas, o uso das chamadas aliterações e assonâncias (repetição da mesma consoante e da mesma vogal, respectivamente, no interior de um ou mais versos) exemplifica a função poética. Veja a estrofe transcrita, do poema “Violões que choram” da Cruz e Sousa (com aliteração de V e Z e assonância de O, E e A):
Vozes veladas, veludosas vozes,
Volúpias dos violões, vozes, veladas,
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.
CRUZ E SOUSA. In: Obra completa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995.
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